MARTA: do sertão de Alagoas para o Mundo | CHEGA de egoísmo! | NÃO vale o feijão que come | NEM esquenta!

 

Si te pones a pensar en el tiempo que perdiste,

lo estás perdiendo de nuevo.

Acción Poética Bolivia

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| Marta: do sertão de Alagoas

para o Mundo |

Foi em Dois Riachos, uma cidadezinha de 10 mil habitantes no sertão alagoano, que nasceu em fevereiro de 1986 aquela que se tornaria a maior jogadora de futebol feminino do Brasil: Marta Vieira da Silva. Teve uma família bastante pobre, constituída pela mãe, ela e três irmãos. Não contavam com o pai, que os abandonou. Moravam numa pequena casa em condições precárias de apenas 10 m2. Viviam não só do que a mãe podia auferir de seu trabalho, o que não deveria ser muito, mas de pequenos biscates feitos pelos filhos. Marta, por exemplo, ganhava algum dinheirinho carregando mercadorias em um carrinho de mão pelas ruas da cidade. Carroçava, como se diz na região.

Desde cedo, gostava de jogar futebol com os meninos da vizinhança num campinho de areia. Algumas pessoas não gostavam de ver uma menina jogando bola com meninos. Ela, porém, acabou participando de um campeonato infantil de futsal promovido em Santana do Ipanema, uma cidade vizinha. O técnico da equipe, conhecedor de suas habilidades no trato com a bola, colocou-a no time masculino. Ainda não havia equipes femininas. Não durou muito. Marta metia a bola no meio das pernas dos companheiros, que vinham nisso um desrespeito à sua masculinidade. Foi até ameaçada de levar uma surra deles. O técnico houve por bem afastá-la da equipe.

De qualquer forma, por intermédio do treinador, que lhe arranjou um teste no time feminino do Vasco da Gama, no Rio, Marta, então com 14 anos, juntou uma quantia suficiente de dinheiro para a viagem e saiu-se bem: ficou três anos atuando no clube carioca. Após esse tempo, foi emprestada para o Santa Cruz, de Minas Gerais e depois vendida para o Umea IK, uma equipe sueca. Como atacante, viveu cinco temporadas exitosas, até que foi contratada pelo Los Angeles Sol em 2009. Começava sua participação na Liga Nacional de Futebol Feminino norte-americana. Atualmente joga no Orlando Pride. Na sua atuação como jogadora, foi campeã da Copa Libertadores da América em 2009, quando jogou por um tempo curto no Santos, medalha de prata nas olimpíadas de Atenas (2004) e Pequim (2008). Na Seleção Brasileira, em que atuou durante 21 anos, jogou em 183 partidas e marcou 119 jogos, o que fez dela a maior artilheira entre homens e mulheres. Nem Pelé conseguiu isso.

Fonte A revolucionária do sertão, matéria de Milly Lacombe publicada em Piauí de set/23.

Imagens Amerpear, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, através da wiki Wikimedia Commons/ Dilma Rousseff from Brasil, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, através da wiki Wikimedia Commons

| Café & Ideias |

Pelo fim da concentração de renda nas mãos de poucos! Chega de egoísmo. O mundo precisa mudar. E vai mudar. Creio no amanhã.*** Comecei a me desfazer de parte das inúmeras páginas que sigo no Face. Perdi o interesse por elas. O saite abriu uma janelinha e sugeriu, entre outras duas, que deixasse de acompanhar uma que se intitula "Pensadores contra o sistema". Sei. *** Alerta do Estadão: "Preço do filé mignon cai e seu bolso pode sofrer mais com isso." 😱 *** Perguntar não ofende: mitologia é o estudo do legado do Mito? *** Sabiam? A região de Porto Alegre já era habitada pelos povos originários há 11.000 anos atrás. 

| Do dicionário de porto-alegrês |

Conheço o meu eleitorado. = Frase para expressar que sabe o que está afirmando. "Conheço meu eleitorado. Eles certamente chegarão atrasados."

Não vale o feijão que come. = Referência a uma pessoa imprestável, que não vale nada.

Nem esquenta! = Por extenso, "nem esquenta a cabeça com isso." Não se preocupe com isso.

fonte Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer. (L&PM)