Em 2015, por ocasião de minha primeira viagem a Florença, estava esplorando as circanias da Piazza della Repubblica, juntamente com meus três companheiros de viagem, vindos anteriormente da Piazza della Signoria e seus encantos, um verdadeiro museus a céu aberto sobre a arte renascentista. Entardecia. De repente avistamos uma sequência de construções tão belas e magníficas, que ficamos mais e mais encantados, nesse momento de grande emoção e fruir estético. De repente, exclamei: É uma beleza que dói!, que mereceu a concordância imediata dos demais.
Passou o tempo e num dia quando lia as primeiras páginas de A Descoberta da Escrita, do escritor norueguês Karl Ove Knausgard, deparei-me com a mesma expressão - beleza que dói - empregada pelo autor-personagem por ocasião de uma viagem de trem, em sua juventude, num momento em que percorria um cenário de vales e rios, fazendas e vilarejos no interior da antiga Iugoslávia:
O cenário no outro lado da janela [do trem] era tão bonito que chegava a doer.
Uma grata coincidência!
O cenário no outro lado da janela [do trem] era tão bonito que chegava a doer.
Uma grata coincidência!
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