A ameaça de um novo canal
na Lagoa dos Patos |
Em nota recente do IBIO - Instituto de Biociências da UFRGS, a ideia de criação de um novo canal unindo a Lagoa dos Patos ao oceano com a finalidade de escoamento d´água é totalmente condenável. O texto chama a atenção para o fato de que ele não garantiria o escoamento em caso de enchentes maiores, pois depende do clima e de ventos favoráveis (sentido norte-sul e não o contrário). Além disso, um segundo canal poderia "diminuir a vazão de água e assorear o canal em Rio Grande, prejudicando a circulação de água e a navegação".
A produtividade pesqueira poderia ser afetada porque espécies tais como camarões, tainhas, bagres e outras "dependem do ciclo natural de entrada de água do mar que regula a salinização na posição sul da laguna e da livre passagem pelo canal de Rio Grande.
A criação de um novo canal mais ao norte poderia causar "a salinização da porção norte da laguna impedindo o uso da água da laguna na produção do arroz e outros usos em vários municípios que margeiam a laguna dos Patos".
O documento chama a atenção ainda para a necessidade de "preservar e restaurar ecossistemas naturais, como florestas, campos e banhados" que contribuem para a redução de problemas com enchentes. Além disso é preciso impedir "construções na planície de inundação de rios ou mesmo o aterro de banhados [como ocorreu em Eldorado do Sul], que funcionam como áreas de amortecimento de enchentes e não servem à ocupação urbana", sem falar em encostas e topos de morros.
"A criação de áreas de infiltração e bacias de retenção", sugere o documento, "podem ajudar a retardar o escoamento da água da chuva, reduzindo assim a probabilidade de enchentes". Enfim, alerta o texto, é preciso buscar soluções em harmonia com a natureza e não contra ela.
Fonte | Nota do Instituto de de Biociências (IBIO), UFRGS, sobre a abertura de um novo canal para o escoamento da água da laguna dos Patos para o mar, publicado em 13/mai/24 em https://www.ufrgs.br/biociencias/
A enchente de 1941 |
Em 10 de abril de 1941 temporais atingiram algumas cidades gaúchas, sendo que as maiores precipitações atingiram Santa Maria, Taquari e Caxias do Sul. Depois do estrago causado no interior do Estado, as águas atingiram o Guaíba, na região metropolitana, sendo que o pico da enchente na capital gaúcha foi de 4m76cm, atingidos em 8 de maio. Porto Alegre já estava sem luz devido ao alagamento sofrido pela Usina do Gasômetro, às margens do Guaíba. Estima-se que 70 mil pessoas moravam em áreas inundadas pelas águas e que 540 estabelecimentos comerciais e industriais foram afetados. Tanto o Centro Histórico quanto o bairro Cidade Baixa foram duramente afetados. Em 3 de junho, o Diário da Noite, do Rio de Janeiro noticiou que 3,5 mil pessoas ainda permaneciam em abrigos. De acordo com o hidrólogo Fernando Fan, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, o Guaíba só voltou a ficar abaixo da cota de inundação 32 dias depois do pico da enchente.
Fonte | Quanto tempo durou a enchente do Guaíba em 1941, matéria de Leandro Staudt publicada no saite gauchazh.clicrbs.com.br em 07/mai/24.
O planejamento preventivo vai se afirmar neste país ou certas coisas que acontecem continuarão sendo empurradas com a barriga? *** Como se não bastasse a grande tragédia no sul do Brasil, ainda temos que enfrentar as fake news do submundo. *** Segundo consta, o RS foi o estado da Federação que mais desmatou no País. *** Será que vou pro Céu? Na minha caixa de coleta havia uma folheto que dizia o que era necessário para ter direito ao Céu. Entre os 14 itens, "Pagar o dízimo e oferta para a igreja". *** Lira escolhe pró-garimpo para a comissão da Câmara sobre ianomâmis. Agora a coisa vai.
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8 DE JANEIRO: impunidade?
Cem Ideias , hoje muito polêmico e reflexivo pois o que fazer para não causar mais desastres ambientais? É uma questão de muito estudo e de muita responsabilidade pelas atitudes tomadas .
ResponderExcluirQue todos que estejam trabalhando nessas atividades sejam muito iluminados para fazerem o melhor.
Assim espero!
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