02 junho 2024

Quando o azul não existia | Lutzenberger e o desafio de 2024 | Brasil e suas distorções sociais | Etimologias.

 




Nós vamos, um dia, amadurecer como povo
e realizar nossa potencialidade. 
E vamos então varrer a canalhada.

> Darcy Ribeiro



Quando o azul
não existia |

"Além dos gregos, certas civilizações passadas, como os chineses e os hebreus, também não descreviam o azul em seus textos clássicos. Na verdade, em muitas de suas manifestações literárias e culturais, como nas obras de Homero, o céu ter cor de bronze e o mar apresenta uma coloração de vinho escuro" Segundo o pesquisador Lazarus Geiger, havia um curioso padrão no mundo antigo: primeiramente havia palavras para as cores preto e branco, posterirormente para vermelho, cor do sangue e do vinho. Após isso, o amarelo e o verde. Foram os egípcios que criaram um termo para a cor azul e era o único povo a produzir corantes com ela. Recentemente um experimento numa tribo da Namíbia verificou que seus membros não diferenciavam o verde do azul.

Fonte | Mistério: porque os gregos antigos não enxergavam o azul?, artigo publicado em www.canalhistory.com.br.




Lutzenberger
e o desafio de 2024 |

À medida que progride a desnudação das montanhas, das cabeceiras e margens dos rios, à medida que desaparecem os últimos banhados, outros grandes moderadores do ciclo hídrico, a paisagem mais e mais se aproxima da situação do deserto, os rios se tornam mais barrentos e mais irregulares. Onde havia um fluxo regular, alternam-se então estiagens e inundações catastróficas. Só uma inversão no processo de destruição das paisagens pode inverter a corrida para calamidades bem maiores.

> José Lutzenberger (1926-2002), 
agrônomo e ambientalista porto-alegrense
em texto de 1974





Brasil
e suas distorções sociais |

Continuaremos negociando pedaços dos parcos recursos públicos para atender interesses de lideranças regionais, sem dimensionar seus aspectos técnicos e de viabilidade econômica e social? (...) As distorções sociais que marcam nossa história não aceitam mais diagnósticos e belos discursos. Esta realidade incômoda que já carregávamos agora se soma a tragédias climáticas que se intensificam e tem o seu ápice na destruição sem precedentes no Rio Grande do Sul.

> Guilherme Lacerda e Ricardo Berzoini, em seu artigo em conjunto Para onde caminhamos?, publicado em CartaCapital de 29/mai/24. O primeiro é doutor em Economia pela Unicamp e o segundo, aposentado do Banco do Brasil, foi ministro da Previdência, das Comunicações e de Instituições Internacionais.




Etimologias |

Férias - Do latim "feriae", dias em que os romanos não trabalhavam por razões religiosas.
Fofoca - Acredita-se que tenha vindo do quimbundo fuka, com o sentido de "revolver, remexer".
Jacaré - Vem do tupi com o sentido de "aquele que olha de lado", "aquele que é torto".
Japão - Do chinês jipen, "raiz do sol". O Japão era considerado pelos chineses o país onde o sol nascia.

Fonte | www.dicionarioetimologico.com.br


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Enchentes: negligência e despreparo | Brás Cubas faz sucesso nos EUA | O Declínio crônico do Ocidente. E mais.




2 comentários:

  1. Parabéns para o Cem Ideias, cheio de muitos conteúdos interessantes , um deles sobre a cor azul.

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